Por Vanderlei do Couto
Aquele que tem a noiva é o noivo; mas o amigo do noivo, que está presente e o ouve, regozija-se muito com a voz do noivo. Assim, pois, este meu gozo está completo. (João 3:29)
Sempre que sou convidado para celebrar uma cerimônia de casamento, prefiro aguardar a entrada da noiva como os demais convidados. Ela sempre surpreende a todos que, perplexos observam sua encantadora beleza. Olhares voltados para a noiva, fitos nos detalhes escolhidos para o vestido, cabelo, maquilagem, adornos próprios para a ocasião. Na realidade a beleza já existe e somente é realçada pelas mãos adestradas dos profissionais da beleza, cada vez mais em voga. Em contrapartida, o noivo quase não é observado. Ele chega antes, fica tenso aguardando a chegada da noiva, observa os convidados, treme e, mesmo sem muita notoriedade, será ele quem terá a noiva toda para si nos braços. Todos os olhos admirarão, mas somente ele, o noivo, desfrutará do prazer do convívio perene.
O noivo da Igreja é, e sempre será aquele que tem a noiva. Ele mesmo diz (João 15:14): vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Não existem proprietários da igreja - noiva - somos cooperadores de Deus (I Coríntios 3:9) e como tais, o próprio Noivo chama de amigos, dando-nos a conhecer tudo o que ouve do Pai (João 15:15).
Jesus age por intermédio dos seus servos conforme registrado em (Filipenses 2:13): porque Deus é o que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Somos membros desse corpo por causa da boa vontade de Deus, que deu o seu Unigênito objetivando resgatar a humanidade do poder das trevas para torná-la a esposa de Cristo. Nós cooperamos, Cristo edifica sua igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16:18).
Salientei no início sobre a surpresa dos convidados, entretanto, o Noivo jamais é pego de sobressalto. Ele se alegra com o cuidado daqueles que a ornamentam, porém, quem preparou a noiva foi ele mesmo.
A cada dia somos surpreendidos com as misericórdias do Senhor.