domingo, 29 de setembro de 2013

A SÓS COM JESUS

Por Vanderlei do Couto 

Quando se achou só, os que estavam ao redor dele, com os doze, interrogaram-no acerca da parábola. Marcos 4:10 

Jesus posicionou-se de forma a facilitar a transmissão do ensino para um grande número de pessoas de uma só vez. Precisava evitar também o assédio das massas que literalmente o sufocavam na busca exclusiva da cura física. As parábolas eram histórias tiradas da vida diária e usadas para ilustrar verdades espirituais e morais.


Nessa ocasião Jesus pronunciou a parábola do semeador. Quando se afastaram das multidões, os Doze e alguns outros que o seguiam lhe pediram para elucidar as parábolas. Eles estavam numa posição privilegiada, “a sós com Jesus”. Os discípulos ficavam perplexos com seus ensinamentos, não a multidão. Eles sempre faziam perguntas e na verdade só tiveram uma compreensão mais clara depois de receberem o Espírito Santo.

Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito, asseverou Jesus – João 14:26. Jesus nunca esclarece curiosidades de forma carnal e sim espiritual. Quando ficamos com Ele a sós, nos esclarece a maneira que lemos com a alma e não com o intelecto. Há um enigma escondido na dificuldade das pessoas que as levam buscar ajuda somente para as situações que as afligem no mundo físico. Deus dá uma mostra da maldade do coração humano quando diz que a nós é concedido o mistério do Reino de Deus; aos de fora, entretanto, tudo é pregado por parábolas, com propósito de que: mesmo que vejam, não percebam; ainda que ouçam, não compreendam, e isso para que não se convertam e sejam perdoados – vs.11,12.

Existem áreas de resistência e ignorância na humanidade a serem reveladas, isto só ocorrerá quando houver a oportunidade de Jesus estar a sós com os famintos. Enquanto as pessoas não tirarem da cabeça questões que ofuscam o poder do evangelho da graça, Jesus não poderá revelar-se plenamente.

Cristo pode manifestar-se da forma que lhe aprouver, mas não podemos esquecer a missão imposta aos salvos. 

domingo, 22 de setembro de 2013

DEUS FAZ


Por Vanderlei do Couto

Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Mateus 24:37

Acordamos com nosso principal botão ligado no 220v, outros nem tanto! Um pouco mais devagar, o motor biológico demora um pouco mais para dar a partida, depois aquecer e começar a rodar; vida devocional, profissional, família, compromissos, lazer, seja o que for, pensamos: o que Deus pode fazer? Bem, Ele pode fazer tudo o que imaginamos ou não. O que Deus fez de Noé? Sim, aquele da arca; sobrevivente da maior enchente sem precedentes, a inundação do juízo e da misericórdia divina, afinal estamos por aqui - os sobreviventes!



Noé achou graça aos olhos do Senhor e Deus fez dele seu confidente, anunciando-lhe seu plano para pôr fim a toda carne, devido à corrupção do gênero humano, mas também revelou Sua intenção de conservá-lo com sua família para a continuação da raça humana, por meio de uma arca projetada por Ele mesmo, o Sábio Arquiteto – Gênesis cap. 6. Noé, foi amigo de Deus porque obedeceu Suas ordenanças (ver João 15:14-15). O apóstolo Pedro o chamou de pregador da justiça (II Pedro 2:5).


Noé tornou-se pai das gerações seguintes. Estabelecerei contigo o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos, com estas palavras Deus fez de Noé o portador da promessa – Gênesis 6:18. Fez dele um monumento da graça, da salvação eterna, consumada por nosso Salvador. Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal, dizia Paulo; mas por isso alcancei misericórdia, (...), a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna – I Timóteo 1:15-16. O que Deus pode e quer fazer de nós? O tempo de Noé aponta para nosso tempo - (Mateus 24:37).

Porque a promessa nos pertence a nós, a nossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar – Atos 2:39.

Não desista da fé! Fique firme nas promessas de Nosso Salvador Jesus Cristo.

domingo, 15 de setembro de 2013

ALÉM DA APARÊNCIA




Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, (...). (Atos 7:20)

Como o próprio substantivo já demonstra, aparência é aquilo que se mostra à primeira vista, isto é, a exterioridade. Estêvão foi um dos sete diáconos da igreja primitiva, logo após a morte e ressurreição de Jesus, pregando os ensinamentos de Cristo e convertendo tanto judeus como gentios. Foi detido pelas autoridades judaicas, levado ao Sinédrio (a suprema assembléia de Jerusalém), onde foi condenado por blasfêmia, sendo sentenciado a ser apedrejado (Atos 7).
        Em seu depoimento diante do sumo sacerdote, Estêvão chamou de traidores e homicidas seus compatriotas judeus pelo fato de rejeitarem a Jesus e sua mensagem. Durante seu depoimento falou da formosura de Moisés, que era um menino extraordinário aos olhos de Deus, enfatizando o modo como o Criador vê. Podemos extrair lições preciosas da curta história de Estêvão.
       Ele exercia seu chamado integralmente porque conhecia o projeto de Deus para a salvação do homem. Não foi apenas um mártir, mas foi alguém que conseguia contemplar a presença de Deus na adversidade. Os seus inquiridores ao ouvirem suas palavras se enfureciam no coração, ao ponto de taparem os ouvidos e aos berros atirarem-se contra ele, quando cheio do Espírito Santo lhes dizia: “Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus” (Atos 7:56). Estêvão enxergava além da aparência! Como podemos enxergar além da aparência, enxergar como Deus enxerga?
       A única maneira de enxergarmos além da aparência é nos permitir sermos invadidos pela graça e poder. Estêvão se permitiu ser cheio do Espírito Santo. Somente alcançaremos graça e poder estando cheios de fé e do Espírito Santo. O Deus da glória apareceu a Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã, pelo que também isso lhe foi imputado como justiça. 

O ser humano cheio de fé e do Espírito Santo contempla além da aparência.

domingo, 8 de setembro de 2013

O DNA DO CRISTÃO

Por Vanderlei do Couto

Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. (Mateus 7:18)

Denominamos DNA do cristão algumas marcas arraigadas numa pessoa. No exemplo sagrado, Mateus reproduz as palavras do Mestre, as quais esclarecem que a qualidade do fruto depende da excelência ou não da árvore. Também encontramos nos homens alguns predicados cuja eficácia pode ser boa ou duvidosa.
        O "DNA do cristão" não marca apenas um período da vida, mas são impressões permanentes nos cristãos. O falso também tem suas marcas e elas são bem patentes. Os falsos sempre fingirão ser o que não são (os chamados lobos em pele de ovelhas), e se possível fosse enganariam até os escolhidos para o santo ministério. Lobos vivem sempre em bando a procura de uma presa distraída, assim são bem sucedidos na caçada. Os falsos profetas vêm até você e não vêm sozinhos. Comparados aos larápios, quando estão sós até parecem crianças, choram, mostram-se medrosos, vulneráveis, fragilizados, mas quando conseguem companhia soltam as garras.
       Nada produzem, são lobos devoradores, consomem tudo o que lhes satisfaz a cobiça. Não se interessam na salvação das pessoas e sim nas estratégias para angariarem o que elas possuem de bens (quanto mais rica, melhor a ovelha). Calma! O verdadeiro, o genuíno, também tem suas marcas (frutos), e evidentemente seu DNA é inconfundível, incomparável.
       O verdadeiro não consegue ser ruim e nem praticar o mal (dá frutos bons). Apenas uma laranja podre no cesto estraga todas as demais se não retirada a tempo. O viver de quem é autêntico não prejudica o próximo (não se colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos), ao contrário, trabalha para o bem estar das pessoas e se interessa por vê-las salvas para Cristo. Estes, sempre serão reconhecidos pelo resultado (por seus frutos). Certamente que a bondade e a misericórdia lhes seguirão todos os dias das suas vidas. A estes o Senhor dirá: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.

Bondade e misericórdia é o verdadeiro DNA do cristão, marca patenteada.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

IMPULSOS FATAIS

Por Vanderlei do Couto

Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. (Tiago 1:4)

Acontece com muitos de nós. Há áreas em que somos negligentes, porém nas mais importantes, as que nos dão maior visibilidade, somos certos e seguros. Não deveríamos ser incorretos em nada, pois esta atitude duvidosa pode ser uma afronta contra o Espírito Santo. Pensamos muitas vezes que só nosso relacionamento com Deus deve ser sem erros, ora, isso é um tremendo engano, pois nossa manifestação exterior desse relacionamento também precisa ser correta.
            Deus não se cansa de analisar as minúcias de nossa vida e nos fazer voltar a cada ponto negligenciado, porque a prova da nossa fé é a paciência. Esta é a maneira suprema de tirar nossas deficiências, de nos tornar honrados e nos ensinar a preciosa lição para a vida plena. Dizia a poetiza Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
            Às vezes somos tão impulsivos que nem percebemos o mal que causamos a nós mesmos e também ao nosso próximo. Existem alguns pontos em que insistimos em agir com independência. Há áreas em que agimos com falta de sabedoria e a Palavra diz: “E, se alguns de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada (Tiago 1:5). Tiago foi um instrumento do Espírito Santo para escrever palavras tão preciosas como estas: “Tenha, porém, a paciência (perseverança) a sua obra perfeita (completa)”. Aprendemos hoje que devemos ficar atentos nas pequenas negligências, nos pequenos erros ou deslizes, porque Deus insiste e ainda espera com longanimidade que acertemos nossos ponteiros com Ele.
            Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Ore confessando seus pequenos erros e peça a Deus sabedoria para viver com integridade e reverência num mundo tão corrompido. Não se deixe ser conduzido pelos impulsos.


Com Jesus você não está só, com Jesus você é maioria.