Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, (...). (Atos 7:20)
Como o próprio substantivo já demonstra, aparência é aquilo que se mostra à primeira vista, isto é, a exterioridade. Estêvão foi um dos sete diáconos da igreja primitiva, logo após a morte e ressurreição de Jesus, pregando os ensinamentos de Cristo e convertendo tanto judeus como gentios. Foi detido pelas autoridades judaicas, levado ao Sinédrio (a suprema assembléia de Jerusalém), onde foi condenado por blasfêmia, sendo sentenciado a ser apedrejado (Atos 7).
Em seu depoimento diante do sumo sacerdote, Estêvão chamou de traidores e homicidas seus compatriotas judeus pelo fato de rejeitarem a Jesus e sua mensagem. Durante seu depoimento falou da formosura de Moisés, que era um menino extraordinário aos olhos de Deus, enfatizando o modo como o Criador vê. Podemos extrair lições preciosas da curta história de Estêvão.
Ele exercia seu chamado integralmente porque conhecia o projeto de Deus para a salvação do homem. Não foi apenas um mártir, mas foi alguém que conseguia contemplar a presença de Deus na adversidade. Os seus inquiridores ao ouvirem suas palavras se enfureciam no coração, ao ponto de taparem os ouvidos e aos berros atirarem-se contra ele, quando cheio do Espírito Santo lhes dizia: “Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus” (Atos 7:56). Estêvão enxergava além da aparência! Como podemos enxergar além da aparência, enxergar como Deus enxerga?
A única maneira de enxergarmos além da aparência é nos permitir sermos invadidos pela graça e poder. Estêvão se permitiu ser cheio do Espírito Santo. Somente alcançaremos graça e poder estando cheios de fé e do Espírito Santo. O Deus da glória apareceu a Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã, pelo que também isso lhe foi imputado como justiça.
O ser humano cheio de fé e do Espírito Santo contempla além da aparência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário