sexta-feira, 18 de abril de 2014

CÃO NA MALA

Por Vanderlei do Couto

Santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós. (I Pedro 3:15)

Há sonhos que marcam períodos devido à sua complexidade e sensação de realidade. Já outros, não tão complicados assim, passam despercebidos ou não damos tanta importância. Num desses dias tive um sonho. Parecia tão real que fiquei vários dias pensando sobre aquelas imagens e ideias. Resolvi, enfim, extrair alguma lição que julguei interessante.


Sonhei que chegava à uma locadora de veículos muito conhecida na região com o intuito de alugar temporariamente um automóvel. Fiquei chocado com o que vi. A funcionária ofereceu-me um veículo em boas condições, porém, sem placas! Olhando ao redor percebi que todos os demais se encontravam na mesma condição, ao que perguntei: Como vou circular com um veículo sem placas? Disse ainda: Na primeira blitz policial esse carro será recolhido, serei multado e ainda poderei responder algum processo por infringir as leis de trânsito. Fiquei surpreso com a solução simples preparada pela moça. Ela me pediu que abrisse o porta-malas, o que fiz imediatamente. Levei um tremendo susto ao sair do bagageiro um enorme cão da raça pit bull, com olhos de fera e um terceiro na testa. Ela explicou como funcionava: Bastaria circular com o cão preso no porta-malas e se algum policial me parasse, deveria abri-lo permitindo a saída da fera, assim a situação estaria resolvida. Momentos depois, despertei e não consegui lembrar do desfecho, se é que houve um.


Fiquei imaginando que muitos vivem com suas feras dentro da bagagem e a qualquer momento soltam-nas sem hesitar. Basta uma pergunta ou olhar de outrem, e a mala da defesa logo é aberta. Não confiam à Deus seus melindres, estão sempre na defensiva e consequentemente agem na impulsividade.

Bom seria se guardássemos na bagagem das experiências, aquele sentimento que houve em Cristo Jesus; o de "Senhor-servo". (João 13:5)

De ornamento incorruptível é o espírito manso e sereno.

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