sexta-feira, 11 de abril de 2014

DECISÃO IMPERATIVA

Por Vanderlei do Couto

Então Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenara. (Ester 4:17)

Toda abordagem catedrática sobre a importância da autoridade não esgotaria o tema. Segundo Sigmund Freud, poucas pessoas civilizadas são capazes de subsistirem de forma perfeita e autônoma, ou mesmo de juízo independente. Não seria possível representar amplamente a necessidade de autoridade individual ou grupal e a fraqueza interior dos seres humanos. Grande parte da população mundial desconhece seu potencial, por conseguinte, vivem na subserviência conformativa ou na dependência doentia de decisões alheias. Há, na realidade, uma conformação com a situação seguida da esperança de que alguém, um salvador, tomará as devidas atitudes para as mudanças necessárias.

No regime democrático, cujo poder emana do povo, todos estão responsabilizados não somente de elegerem seus representantes, mas, de acompanharem os trabalhos de perto para garantirem que os anseios da sociedade sejam satisfeitos plenamente.

Depois da queda da rainha Vasti, Ester, uma jovem judia criada pelo primo Mardoqueu, foi eleita a rainha predileta do rei Assuero, o qual reinou desde a Índia até a Etiópia, sobre 127 províncias durante o cativeiro babilônico do povo judeu. Por ocasião do reinado de Ester, seu povo foi ameaçado de extinção e ela foi o instrumento chave para desfazer o intento do inimigo. Sua posição no governo lhe dava autoridade para tomar decisões importantes, porém, Mardoqueu, acompanhava seus atos de perto para garantir o bem estar e salvamento de seu povo. O intento deu certo e Deus honrou seus filhos revertendo a situação. Temos neste relato um forte indicio de que não podemos negligenciar nosso poder de ajuizar sobre determinados assuntos, pois o arbítrio é dado a cada um para que todos possam usufruir de uma vida digna.

A primeira decisão importante que todos podem e devem tomar é se sujeitarem ao poderio de Deus, e consequentemente, agir na autoridade que o seu Senhorio concede a cada um para agirem na hora certa. Ester agiu, mas Mardoqueu estava lá, pronto a obedecer, sem no entanto se eximir da responsabilidade da cobrança.

Atente para sua ousadia diante de Ester: “E quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Ester 4:14) 

Toda autoridade vem de Deus, negligenciá-la é covardia.

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