Por Vanderlei do Couto
Leitura Bíblica
E Cristo, levantando-se, repreendeu o
vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te.
E cessou o vento, e fez-se grande bonança. Marcos 4:39
Foi numa
tarde de sexta feira do verão mais intenso dos últimos 40 anos, estava na megalópole
chamada São Paulo, Brasil. Deixei o automóvel estacionado numa rua paralela à
Santa Ifigênia, onde o uso do cartão de estacionamento administrado pela
prefeitura é obrigatório. Fui apressadamente localizar um smartphone que estava
querendo adquirir. Consegui, comprei e fui rapidamente em busca do veículo,
pois o tempo restrito a uma hora já estava se esgotando. Já eram 4:30 P.M., me
embrenhei com o carro rumo à marginal Tietê seguindo pela Avenida Rio Branco
até à ponte da Casa Verde. Foi nessa trajetória que tudo aconteceu.
A tarde transformou-se rapidamente em
noite, tudo ficou sombrio, relâmpagos cortavam o céu, raios atingindo vários
transmissores de energia, árvores, a visão era aterradora; confesso que, apesar
de minha calma, fiquei um tanto quanto preocupado. A violenta tempestade
anunciada pelo rádio já era realidade, anúncios de alagamento em diversas áreas
da capital, risco iminente de enchentes e eu estava descendo o primeiro viaduto
depois da Avenida Rio Branco. Trânsito congestionado, poucas perspectivas de
sair dali. Falei com Deus em oração dizendo: “Senhor dá-nos o livramento”. Para-brisas
embaçando, pouca visibilidade, e pouco a pouco o trânsito caótico foi se
escoando, uma pitada de esperança, mais de uma hora de chuva torrencial e
consegui alcançar a via marginal Tietê no sentido Rodovia Castelo Branco. Pensei:
é só vencer o trecho entre as duas pontes, Casa Verde e Limão para que possa
entrar no hipermercado próximo e ali ficar abrigado até que passe a tempestade
ainda insistente, assim aconteceu.
Lembrei da palavra ministrada há alguns
dias por um amigo pastor acerca da tempestade. Chovia muito no dia em que ele falava,
e a forte chuva serviu como pano de fundo para sua prédica. Dizia que a
tempestade, embora possa ser prevista, não pode ser evitada e nem controlada,
se for em pontos isolados, os ventos é que vão determinar onde será maior a sua
intensidade, e assim ela é inesperada. Ela causa benefícios à lavoura e às
urbes quando moderada, porém, se muito intensa pode causar danos muitas vezes
irreversíveis. Pude mais uma vez perceber com muita clareza nos meus 57 anos
que não temos controle de nada. Somos surpreendidos com turbulências e
vendavais durante a nossa vida, e aí é só a presença daquele que dá ordem ao
mar, à chuva e aos ventos para manter nossa integridade.
Uma vez falou
Deus, duas vezes tenho ouvido isto: que o poder pertence a Deus – Salmos 62:11.
“NÃO É A
AUSÊNCIA DE TEMPESTADES QUE NOS DISTINGUE E SIM QUEM DESCOBRIMOS NA TEMPESTADE:
UM CRISTO IMPERTURBADO.” (Max Lucado)
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